terça-feira, 22 de junho de 2010

Moçambique:

Moçambique é um país da costa oriental da África Austral, limitado a norte pela Zâmbia, Malawi e Tanzânia, a leste pelo Canal de Moçambique e pelo Oceano Índico, a sul e oeste pela África do Sul e a oeste pela Suazilândia e pelo Zimbabwe. No Canal de Moçambique, tem vários vizinhos, as Comores, Madagáscar, a coletividade departamental francesa de Mayotte, o departamento francês da Reunião, e as ilhas Juan de Nova, Bassas da Índia e Ilha Europa do distrito Ilhas Esparsas das Terras Austrais e Antárticas Francesas.

HISTÓRIA.

A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do atual Moçambique.

No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a "pré-história" do país (antes da escrita). Provavelmente o evento mais importante dessa pré-história seja a fixação nesta região dos povos bantus que, não só eram agricultores, mas introduziram a metalurgia do ferro, entre os séculos I e IV.

Entre os séculos X e XIX existiram no território que atualmente é Moçambique vários estados bantus, o mais conhecido foi o império dos Mwenemutapas (ou Monomotapa).

A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 — com a partilha de África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim — se transformou numa ocupação militar, com a submissão total dos estados ali existentes, levando, no início do século XX, a uma verdadeira administração colonial.
Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975, na sequência da Revolução dos Cravos, a seguir à qual o governo português assinou com a Frelimo os Acordos de Lusaka. Após a independência, com a denominação de República Popular de Moçambique, foi instituído no país um regime socialista de partido único, cuja base de sustentação política e económica se viria a degradar progressivamente até à abertura feita nos anos de 1986-1987, quando foram assinados acordos com o Banco Mundial e FMI. A abertura do regime foi ditada pela crise económica em que o país se encontrava, pelo desencanto popular com as políticas de cunho socialista e pelas consequências insuportáveis da guerra civil que o país atravessou entre 1976 e 1992.

Na sequência do Acordo Geral de Paz, assinado entre os presidentes de Moçambique e da Renamo, o país assumiu o pluripartidarismo, tendo tido as primeiras eleições com a participação de vários partidos em 1994.

Para além de membro da ONU, da União Africana e da Commonwealth, Moçambique é igualmente membro fundador da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e, desde 1996, da Organização da Conferência Islâmica.


Hino de moçambique.
(traduzido.)
*Pátria Amada
Na memória de África e do Mundo
Pátria bela dos que ousaram lutar
Moçambique, o teu nome é liberdade
O Sol de Junho para sempre brilhará
Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer
Povo unido do Rovuma ao Maputo
Colhe os frutos do combate pela paz
Cresce o sonho ondulando na bandeira
E vai lavrando na certeza do amanhã
Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer
Flores brotando do chão do teu suor
Pelos montes, pelos rios, pelo mar
Nós juramos por ti, oh Moçambique
Nenhum tirano nos irá escravizar
Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer.


Bandeira Moçambique.

A bandeira de é composta por três faixas horizontais com as cores verde, preta e amarela, de cima para baixo, separadas por estreitas faixas brancas; sobreposto às faixas, junto à tralha, encontra-se um triângulo isósceles de cor vermelha, dentro do qual há uma estrela de cinco pontas dourada, sobre a qual se cruzam uma arma e uma enxada.
Bandeira de  Moçambique
O significado das cores, segundo a constituição da República de Moçambique, é o seguinte:

* Vermelha – a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação Nacional e a defesa da soberania;
* Preta – o continente africano;
* Verde – a riqueza do solo;
*Amarela-dourada – a riqueza do subsolo;e
* Branca – a paz.

A estrela representa a solidariedade entre os povos, a arma AK-47 simboliza de novo a luta armada e a defesa do país, o livro faz lembrar a educação por um país melhor e a enxada, a agricultura. É a única bandeira no mundo a incluir a ilustração de um fuzil moderno.


Brasão de Armas de moçambique.

O emblema ou brasão da República de Moçambique foi estabelecido após a independência do país de Portugal. Devido às ligações do movimento de independência nos anos 1970 com o comunismo internacional do perído da Guerra Fria, o brasão é baseado nos elementos gráficos do antigo brasão de armas da União Soviética.

O brasão de armas de Moçambique tem como elementos centrais um livro aberto sobre o qual se cruzam uma arma e uma enxada, estando o conjunto disposto sobre o mapa de Moçambique como se estivesse a ser olhado a partir do Oceano Índico. Por baixo do mapa está representado o mar e por cima o sol nascente, de cor avermelhada sobre um campo dourado delimitado por uma roda dentada. À direita e à esquerda deste conjunto encontram-se, respectivamente, uma planta de milho, com uma maçaroca e uma planta de cana de açúcar e, entre elas, no topo uma estrela vermelha fimbriada de ouro. Por baixo encontra-se uma faixa vermelha com os dizeres “República de Moçambique”.
Brasão de  armas de 
Moçambique

O significado destes símbolos, segundo a constituição da República de Moçambique, é o seguinte:

* O livro simboliza a educação;
* A arma simboliza a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação nacional ea defesa da soberania;
* A enxada simboliza o campesinato;
* O sol nascente simboliza a nova vida em construção;
* A roda dentada simboliza a indústria e o operariado;
* As plantas simbolizam a riqueza agrícola; e
* A estrela representa a solidariedade entre os povos.

Selos de moçambique.


Os selos de tipo coroa foram os selos de emissão base, i.e., os selos correntes, nas ex-colónias portuguesas durante parte do reinado de D. Luís I. O nome advém do desenho: a coroa real portuguesa.

Circularam em Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Índia Portuguesa e Macau, e ainda em Timor Português e na Guiné-Bissau, estes usando selos de outras colónias sobrecarregados com a inscrição Timor e Guiné respectivamente.


Erros de impressão.

Conhecem-se vários erros de impressão destes selos.40 reis rosa de Angola: Na segunda emissão de coroas de Angola, uma chapa de 40 reis foi montada por engano na folha que imprimia os selos de 20 reis, ficando aquele com a cor.

FALSOS SELOS.

Conhecem-se múltiplas falsificações destes selos, as mais famosas das quais designadas por Fournier, o nome do falsário. São fáceis de reconhecer pois Fournier utilizou o desenho de Angola para falsificar selos de todas as colónias, desconhecendo que este desenho era ligeiramente diferente dos restantes.
Curiosidades.


Data da Independência:
* 25 / 06 / 1975

Moeda: - Metical (MZN)
Câmbio:

* - 1€ = 37 MZN
* - 1U$D = 24 MZN


Economia:

Cerca de 45% do território moçambicano tem potencial para agricultura, porém 80% dela é de subsistência. Há extração de madeira das florestas nativas. A reconstrução da economia (após o fim da guerra civil em 1992, e das enchentes de 2000) foi dificultada pela existência de minas terrestres não desativadas. O Produto interno bruto de Moçambique foi de US$ 3,6 bilhões em 2001. O país é membro da União Africana.



Principais Exportações:

- camarão; algodão; caju; açúcar; chá; copra.



Clima :
Em Moçambique o clima varia de tropical a sub-tropical. O Norte do país está sob influência da zona equatorial de baixas pressões.De Novembro a Abril predomina a estação quente e chuvosa, com ventos de nordeste e trovoadas, nos restantes meses impera a estação seca, com temperaturas suaves e o vento de sudoeste.
O sul é influenciado pela zona de anti-ciclones sub-tropicais, que origina chuva fraca e céu limpo. São frequentes os ventos de sul, trovoadas e rajadas ciclónicas e quebra repentina de temperatura.
As temperaturas médias anuais variam entre os 23º C e os 26º C. Nas zonas de grande altitude são inferiores a 23º C. Os meses mais quentes são, a norte, Outubro e Dezembro e a sul, Janeiro e Fevereiro.





Principais Praias:

- Ilha de Moçambique; Bilene; Bazaruto; Inhaca; Ponta de Ouro; Tofo.



Pessoas influentes:

Mia Couto . 53 anos . 23 livros

* - Escritor dos PALOP mais traduzido (17 línguas)

* - Poesia, Crónica e Prosa de Ficção.



Naguib Abdula - Pintor

* Distinções:

* 1998 - COMENDADOR da ordem de Mérito pelo Presidente da República Portuguesa, Dr. Jorge Sampaio.

* 2003 - CAVALIERI de La República pelo Primeiro Ministro da Itália, Dr. Sílvio Berlusconi.



Chico António - Músico

* - Compositor de bandas sonoras para filmes.

* - Prémio Descobertas da RFI (Rádio França Internacional)



Governo:


Moçambique é uma república presidencialista cujo governo é formado pelo partido político com maioria parlamentar. As eleições são realizadas a cada cinco anos.

A Frelimo foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da década de sessenta. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada a seus antigos aliados comunistas, em oposição aos estados brancos vizinhos segregacionistas, África do Sul e Rodésia, que apoiaram elementos brancos recolonizadores e guerrilhas internas, situação esta que viria a se transformar em uma guerra civil de 16 anos. Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique independente e ocupou este cargo até à sua morte em 1986.

A Frelimo permaneceu no poder até os dias actuais, tendo ganho por quatro vezes as eleições multi-partidárias realizadas em 1994, 1999, 2004 e 2009, mesmo com acusações de fraudes. A Renamo é o principal partido de oposição com representatividade parlamentar. O Movimento Democrático de Moçambique, que tem 8 deputados na Assembleia da República, se constituiu em bancada parlamentar em abril de 2010.



Sistema partidário:

Multipartidário


Assembleia da República:

250 Deputados


Capital:
Maputo
Localização:

Moçambique fica situado na parte sul do continente Africano ( África Austral ), tendo uma área total de 801.590 km2. A norte faz fronteira com a Tanzânia, a oeste com a Zâmbia, Malawi, Zimbabwe e África do Sul, a sudueste e sul com a África do sul e o reino da Suazilândia, e a este com o Oceâno Índico.


Relevo:


Moçambique apresenta extensos planaltos que terminam em escarpas e dão origem a planícies litorais.As regiões planálticas ocupam cerca de metade da superfívie do país, predominam a norte e centro e atingem altitudes que variam entre os 200 mts e os 1.000 mts.


litoral:
O litoral moçambicano tem uma extensão de 2470 km de costa, com inúmeras ilhas, como o arquipélago das Quirimbas,destacando-se as ilhas do Ibo e de Moçambique, as ilhas Angoche e Primeiras e mais a sul a ilha de Chiloane, o arquipélago do Bazaruto, e já na baía de Maputo as ilhas de Xefina, Portugueses e Inhaca.



População:

Moçambique tem uma população estimada em 19,286 milhões (dados de 1999, UNUPOP). É um país multirracial de esmagadora maioria negra, mas as tensões sociais não se verificam entre os diferentes grupos étnicos, mas entre o norte (pobre) e o sul (mais desenvolvido). Quanto à composição étnica 46,1% são macuas, 53% tsongas, malavis e chonas, e 0,9% outros (dados de 1996).

37% da população concentra-se nas cidades, e a restante nos campos. As principais cidades são Maputo (931 600 habitantes), Beira (298 800) e Nampula (250 500) (dados de 1991). Apesar da guerra, as catástrofes e epidemias, a taxa de crescimento populacional contínua elevada.

Antes da independência (1975), a população total de Moçambique passou de 6 603 651, em 1960, para 8 168 933, em 1970.

Em 1960, a população branca era de 97 268 pessoas. Em 1975 viviam em Moçambique cerca de 200 mil portugueses, na sua maioria ligados funcionalismo público, empresas portuguesas e internacionais, mas também à agricultura e pequeno comércio. A comunidade indiana, em 1975, ligada ao comércio calcula-se que fossem entre 20 e 30 000 habitantes.

Por alturas da independência existia uma pequena comunidade chinesa de cerca de 4 000 pessoas, concentrada em Maputo e na Beira, dedicando-se sobretudo ao pequeno comércio. Os negros constituíam cerca de 98% da população. Os mestiços seriam cerca de 0,5% do total.


Cidades mais populozas:

Posição Cidade Província População Posição Cidade Província População

1 Maputo Maputo 1 191 613 11 Gurué Zambézia 125 042
2 Matola Maputo 543 922 12 Maxixe Inhambane 119 868
3 Beira Sofala 530 706 13 Lichinga Niassa 109 839
4 Nampula Nampula 388 526 14 Pemba Cabo Delgado 108 737
5 Chimoio Manica 256 992 15 Angoche Nampula 93 777
6 Nacala Porto Nampula 224 553 16 Dondo Sofala 78 648
7 Quelimane Zambézia 188 964 17 Cuamba Niassa 73 268
8 Mocuba Zambézia 136 393 18 Montepuez Cabo Delgado 72 279
9 Tete Tete 129 316 19 Chókwè Gaza 63 695
10 Xai-Xai Gaza 127 366 20 Chibuto Gaza 59 165
Censo 2005.

Religião:

De acordo com o censo mais recente realizado pelo Instituto Nacional de Estatística em 1997, metade da população não professa praticar uma religião ou credo; no entanto, líderes religiosos esperaram o censo previsto para o final de 2007 para mostrar que praticamente todas essas pessoas reconhecem ou praticam alguma forma de religião tradicional indígena. Segundo o censo de 1997, 24 por cento são católico romano, 22 por cento são protestantes, e 20 por cento são muçulmanos. Muitos líderes muçulmanos discordam com essa estatística, alegando que desde que o Islão é a religião principal praticada nas províncias mais populosas do país, pelo menos 50 por cento da população deve ser muçulmana.





adorador mulçumano em
aguardando em uma porta
em moçambique.
Futebol em moçambique:


Historia:
É popularmente designada por "Os Mambas". Não tem alcançado muitos sucessos nas provas internacionais que tem disputado.
O jogador mais famoso é Chiquinho Conde, que atuou no Sporting. Ainda conta com jogadores como Jojó, que jogou pelo Boavista e Belenenses, e considerado o melhor lateral direito africano no CAN98 em Burquina Faso. Além deles, Dário Monteiro, que atuou na Académica de Coimbra e no Braga, e Armando Sá, que atuou no Sport Lisboa e Benfica, Villarreal e Espanyol, são outros jogadores moçambicanos com relativo êxito fora do país. A equipe ainda possui o talentoso Paíto (apelido de Martinho Martins Mukana), que atuou no Sporting e no Braga.
Apesar de ser moçambicano, o jogador Eusébio jamais defendeu a Seleção Nacional de Moçambique. O "Pantera Negra" actuou apenas pela Selecção de Portugal. Também nascido em Moçambique, Abel Xavier é outro que nunca atuou pelos Mambas.
Outro moçambicano famoso em Portugal, mas como treinador, é Carlos Queiroz.

Federação Moçambicana de futebol:

A Federação Moçambicana de Futebol é o órgão máximo do futebol moçambicano, responsável pela Seleção Moçambicana de Futebol e pela Taça de Moçambique de futebol, tendo sido fundada em 1976. O seu actual presidente é Feizal Sidat.

Representa também o futebol nacional nas organizações internacionais do desporto, sendo membro da CAF desde 1978 e da FIFA desde 1980. Em 2006, concorreu para acolher o CAF 2010 mas sem sucesso.


Campeonato moçambicano de futebol:

O Campeonato moçambicano de futebol é a competição mais importante de futebol realizada em Moçambique, sendo organizada pela Liga Moçambicana de Futebol. Começou a ser disputado em 1976, pouco depois da independência nacional. O campeonato tem tido várias designações, a última das quais é Moçambola, que desde a temporada de 2005 substituiu a Liga 2M.


Temporada 2010:

temporada de 2010, que arrancou a 20 de Março, é disputada por 14 equipes:

* Clube Atlético Muçulmano da Matola
* Clube de Desportos Costa do Sol (Maputo)
* Clube de Desportos Maxaquene (Maputo)
* Clube Desportivo Matchedje (Maputo)
* Clube Ferroviário da Beira
* Clube Ferroviário de Maputo
* Clube Ferroviário de Pemba
* Futebol Clube de Lichinga
* Grupo Desportivo da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (Songo)
* Grupo Desportivo de Maputo
* Grupo Desportivo e Recreativo da Textafrica (Chimoio)
* Liga Muçulmana de Maputo
* Sporting Clube da Beira
* Vilankulo Futebol Club


Taça de Moçambique de futebol:

A Taça de Moçambique de futebol, cuja primeira época teve lugar em 1978, é a segunda maior prova do calendário futebolístico moçambicano, depois do Campeonato moçambicano de futebol.
É organizada pela Federação Moçambicana de Futebol, e nas épocas de 2006 e 2007 teve a a denominação Taça de Moçambique/Mcell.



Teatro em moçambique:

Companhia de teatro Gungu:

A Companhia de Teatro Gungu é uma companhia de teatro profissional de Maputo, Moçambique.


Historia:

A Companhia de Teatro Gungu foi fundada em 1992 por Gilberto Mendes.


Festivais:

A Companhia já participou em festivais em Portugal (FITEI – Porto, FESTA – Almada). Actuou na Culturgest, em Lisboa, tendo como espectador de honra o então Presidente da República Jorge Sampaio. Actuou na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Esteve presente na Expo 98, em Lisboa. Participou ainda em várias edições do Festival del Sur nas Ilhas Canárias, em Espanha, em Arcueil e Paris, França, em Córdoba - Argentina, no Rio de Janeiro – Brasil, etc




Prémios:
A Companhia do Teatro Gungu já recebeu diversos prémios, nomeações e menções honrosas.
Ao director Gilberto Mendes foram atribuídos o prémio de Mérito Lusófono da Fundação Luso Brasileira para o Desenvolvimento da Língua Portuguesa, uma menção honrosa do presidente da República, uma medalha atribuída pela UNESCO e o prémio FUNDAC.
O jornal português Público considerou o grupo o melhor da cultura lusófona.



TV em moçambique:


TVM, ou Televisão de Moçambique é uma rede de televisão pública do país de mesmo nome.

Historia:

Começou em 1981 sob o nome de Televisão Experimental de Moçambique com transmissões apenas aos domingos. Aos poucos, os dias de transmissões aumentaram e a emissora foi renomeada para Televisão de Moçambique, a partir de 1991. A emissora também se expandiu para cidades como Beira e Nampula. A partir de 1998 a emissora passou a exibir via satélite para todo o país.




Emissoras:

A Record Moçambique é uma rede de rádio e televisão de Moçambique com sede em Maputo e pertencente à Record Europa e foi iniciada pelo Sr. Arnaldo Lanzeloti. A estação de televisão emite em Maputo e também tem retransmissoras nas restantes províncias do país, e a estação de rádio, a Radio Record que emite em Maputo, Beira e Nampula. A Record Moçambique iniciou em 01 de janeiro de 2010 quando a Record Europa assumiu a administracão da TV Miramar, mudando a estrutura administrativa da emissora e implantando o padrão de programação da Record Brasil. Em 2010 apresentou uma nova grelha que passa a transmitir programas da grade da Record Brasil com a apresentação local. como : Balanço Geral, MZ no Ar, Contato Direto ( Câmera Record ) entre outros. Recentemente a emissora contratou o jovem atleta Edson Madeira referencia do Judo no pais para apresentar o Esporte Fantástico. Atualmente a emissora está sendo administrada pelo Sr. Fernando Henrique Teixeira ex - Diretor Executivo da Record Santos emissora situada no litoral paulista.

Artes plásticas de moçambique:


AlbanoLanga-pintor:
Albano António Langa (Maputo-Moçambique, 2 de Fevereiro de 1965. Actualmente reside no bairro de Khongolote. Artista Plástico Moçambicano, mais conhecido como Blanga. Começou a pintar em 1986 pintando a tinta de China sobre pano cru. Em 1988, quando teve uma bolsa para frequentar a Politécnica Industrial na RDA, com vários artistas alemães aprendeu várias técnicas e participou em vários workshops com búlgaros, checos, polacos e vietnamitas. Em 1992, frequenta um curso de pintura e decoração em Katlehong – Art Centre na África do Sul. 1995, depois de ter sofrido um acidente que o paralisou durante dois anos, inicia-se na pintura com aguarelas no Arco Íris, com mestre Noel Langa. Tem participado em Workshops e exposições colectivas em Moçambique, Africa do Sul, Portugal e possui várias obras por esse Mundo fora adquiridas por personalidades políticas, diplomáticas e empresariais. Desde 1996, mantêm uma correspondência com o mestre David Thorp da South London Gallery. No ano 2000, em coordenação com Associação Kulaia, organizou uma exposição a favor das mulheres vítimas das cheias em Moçambique no Instituto de Camões. Em 2001 participa nos Workshops das pinturas unidas em Portugal onde foi consagrado (cavalheiro da amizade sem fronteira). Participa em workshop de Cerâmica e pintura de óleo no azulejo em Tomar – Portugal. Em 2001 faz a sua primeira Exposição Individual (O Encanto do Amor Precavido I) acompanhado pelas poesias do início da sua sensibilização contra o mau relacionamento sexual. Em 2002 inicio da construção da Residência e Atelier –Escola. Cria as obras e mensagens de sensibilização e combate ao mau comportamento sexual com os títulos “ O Encanto do Amor Precavido, Rompe o Silêncio, Brinde do Amor, O Encanto dos Namorados, a Fidelidade e a Orfandade”. Em 2005 sua maior obra de sensibilização em óleo sobre tela (O Encanto do Amor Precavido II) é adquirido pela Industria Mozal para sensibilizar os seus milhares de trabalhadores e massa social. Em 2006 faz as decorações, com as suas obras, na sala VIP da Assembleia da Republica. Em 2007 faz as decorações nas salas de espera e nos corredores da Assembleia da Republica. Suas obras são compradas pela residências da Assembleia e são oferecidas as personalidades visitantes.


Chichorro-artista plástico:
Roberto Carneiro de Alcáçovas de Sousa Chichorro (Malhangalene, Maputo, 19 de Setembro de 1941) é um artista plástico moçambicano. Chichorro passou a sua infância na Malafala,bairro entre a cidade colonial dos brancos e a cidade de caniço dos negros, vivência que se encontra repercutida na sua obra plástica. Aos dezassete anos concluiu o curso industrial de Construção Civil. Participou na primeira exposição na Colectiva dos Festejos da cidade de Lourenço Marques (hoje Maputo), em 1966. A sua primeira exposição individual teve lugar em 1967, na mesma cidade, na Cooperativa da Casas de Lourenço Marques, onde trabalhava como desenhador de arquitectura. Em 1982 recebeu uma bolsa do governo espanhol, que lhe permitiu trabalhar em Madrid, em cerâmica, no Taller Azul, e em zincogravura, com Óscar Manezzi. Em 1986 foi para Portugal com uma bolsa do Governo português.


Malangatana:


Malangatana Valente Nguenha (Matalana, distrito de Marracuene, 6 de Junho de 1936) é um dos pintores moçambicanos mais conhecidos em todo o mundo. Em 1997 foi nomeado pela UNESCO "Artista pela Paz".
Trabalhou em vários ofícios humildes, tendo entrado no Núcleo de Arte da então cidade de Lourenço Marques (actualmente Maputo).

Turismo em moçambique:

Moçambique tem no turismo um grande potencial para o crescimento do seu produto interno bruto (PIB].
As praias com águas limpas são apropriadas para a prática de turismo, principalmente as que se encontram muito distantes de centros urbanos, como as da província de Cabo Delgado, com destaque para as ilhas Quirimbas.

O país tem ainda varios parques nacionais, com destaque para o Parque Nacional da Gorongoza, com as suas infrastruturas reabilitadas e repovoado em certas espécies de animais que já estavam desaparecendo.
Moçambique para atingir os niveis que lhes são de direito terá que apostar na diversificação do seu produto turístico que consiste em: "bush and beach" e o seu produto cultural. Quando fala-se do "bush and beach", refere-se ao ecoturismo e o turismo de praia.


Danças de moçambique:


Mapiko:
(tradição makonde).

Na dança MAPIKO são usadas mascaras que dividem-se em dois tipos:FACIAL(so cobre o rosto) ou CAPACETE( que cobre toda a cabeça).As variedades existentes dentro de cada tipo de mascara que é feita de madeira,realça o facto dessas mascaras estarem intimamente ligadas a dança MAPIKO que tem um significado religioso e cerimonial ligado ao ritual de iniciação masculina.O conjunto máscara e dança ,formam uma coreografia, muito ritmica e cadenciada transmitida pelo dançarino que se apresenta vestido com trajes convicentes coberto de objectos sonóros(chocalhos)sendo acompanhado por vários percursionistas, criadores dos seus próprios tambores que são feitos de madeira e cobertos de pele de animal,e que posteriormente afinados pelo calor do fogo, produzindo sons médio-agudos. Esta dança tem como pano de fundo um grupo de cantores(homens e mulheres).È de realçar que a dança MAPIKO é sem margem de dúvida ,uma junção de musica,dança,escultura e teatro, que vai representando gradualmente o imaginário relativo à existencia do mundo sobrenatural e à convicção na ligação lógica entre o dançarino principal e as suas crenças. A dança MAPIKO dá aos artistas MAKONDES a capacidade e o poder de recriar na arte os diferentes modos de estar na vida espiritual,usando a força da sua história e do seu quotidiano,transmitindo em cada dança as suas convicções.Posso afirmar por experiência própria que o Povo MAKONDE e a dança MAPIKO são muito especiais e inéditos.



Dança tufo:


Esta dança é introduzida em Moçambique, atravéz do Sultanato de Angóche Hassane Issufe, que se radicou nessas ilhas depois da morte de um dos seus familiares. Segundo dados históricos era uma dança religiosa de louvor, onde se usava os tambores de nome “Ad-duff” (Arabe)). Em português dá-se o nome “Adufo”(instrumento musical de percursão).Esta dança vai-se espalhando por todos os locais Islâmicos. Atravéz do povo da tribo Makwa que também se envolveu no Islamismo e devido à sua prenúncia, o nome de Ad-Duff e Adufo, foi abreviado para “TUFO”. Este novo nome foi-se introduzindo por varios locais Islâmicos incluíndo a ilha de Moçambique. Esta dança,devido à sua origem religiosa era dançada apenas por mulheres rigorosamente seleccionadas,rigorosamente bem trajadas com trajes muito coloridos e enfeitadas com cordões, anéis e pulseiras de ouro, onde as mulheres cobriam o rosto com MUSSIRO(massa branca e espessa,resultante do friccionamento do caule perfumado da arvore Mussiro e uma pedra), e entoavam cânticos melodiosos de uma linha musical Oriental em fusão com batimentos vindo dos tambores de vários tamanhos e de forma hexazonal e circulares (batuque Duassi,Phusta,Kadjisa e Khapura),onde os tocadores acompanham as melodias com ritmos cadênciados de linha africana e Arabe. Esses Tambores são feitos de madeira e cobertos de pele de animal, produzindo uma sonoridade agradavel ao ouvido. O conteúdo das letras retratam na maioria dos casos as suas vidas quotidianas e as belezas do seu habitat. TUFO teve maior expansão na ilha de Moçambique dado o facto dos Portugueses terem lá, costruido a sua grande fortaleza e também por terem gostado da dança que era dirigida e dançada em absoluto por lindas mulheres mussulmanas. Esse acontecimento induziu em erro, a origem do TUFO, pois os colonizadores Portugueses com a arrogancia e com vergonha de nunca terem conseguido dominar o povo das ilhas do arquiélago de Angóche resolveram nunca mais divulgar a sua história, facto que até hoje permanece.


Dança N'Sope:


É uma dança originária da Província de Nampula e compõe parte das danças especificas da tribo Makwa sendo executada só por mulheres e actualmente conhecida por dança da corda,devido ao uso da corda na sua execução.É uma dança de lazer que,inicialmente,praticava-se no periodo de lazer das raparigas,que demonstravam a sua agilidade e talento corporal de forma que fossem apreciadas pelos pretendentes.Ao longo dos tempo esta dança foi introduzida na lista das danças principais com origem no Tufo.Os instrumentos musicais utilizados pelos musicos(homens) onde o tocador principal maneja três tambores um grande e dois médios chamados Chabomba e Mussapata),o segundo tocador toca também três tambores medios(Massapata) e os restantes dois tocadores tocam um tambor grande de som grave de nome Tchuntcho,tendo uma parte oca que serve de caixa de ressonância.,Usa-se tambem um pequeno cilindro de ferro que complementa o ritmo.

Esta dança é executada da seguinte forma:As bailarinas organizam-se fora do centro de execução da dança.Chegadas ao palco colocam-se na zona central do palco formando um meio circulo.A Chefe do grupo num gesto próprio retira a corda e escolhe uma das bailarinas a pegar em uma das pontas de forma a estar esticada.Ao som das primeiras batidas dos tambores vão movimentando a corda em circulo de uma a bater sempre no solo(chão).Cada uma das bailarinas entra para o meio da corda e demonstra de forma agil todas as suas habilidades.A medida que os tambores vão animando o espectáculo todas as bailarinas vão praticando a dança N´Sope demonstrando a cada instante as suas mestrias.



Dança lingundumbwe:


Esta dança é uma versão femenina do mapiko, sendo a bailarina principal a mulher. Ela tanto pode ser adulta como adolescente. Aliás, o habitual tem sido uma rapariga adolescente, capaz de executar os movimentos com maior vigorosidade. Para bailar no terreiro da aldeia, ou em qualquer otro recinto, ela é completamente coberta de panos da cabeça aos pés. Estes panos cruzam o tronco, parttindo das espáduas até a cintura. A este nível é colocada uma capulana, localmente designada por inguvo ya magombe. Outras copulanas são dobradas várias vezes e enroladas nos breços e nas pernas da dançarina. Na execusão da dança, essas capulanas abanam, acompanhando os movimentos rápidos, para trás e para frente, da jovem dançarina.

Para além de máscaras de madeira, a bailarina de Lingundumbwe pode trazer na cabeça uma capulana, que a cobre apenas da testa à nuca. Para permitir uma boa respiração e visão, o rosto é tapado com uma capulana transparente. Na encenação, a bailarina segura nas mãos um ou dois lenços e um pequeno machado ou enxada. Na falta destes objectos, ela pode peger na mão uma simples vara. Quando dança, o tronco da bailarina inclina-se ligeriramente para frente, dobrando sobre os rins, com os braços estendidos para os lados e para a frente, levemente curvados. Nessa posição, move-se em pequenos passos, abanando o tronco ao ritmo do batuque. A dança tem lugar no lipanda, local onde decorrem as cerimónias de iniciação feminina. Todavia, a prática do lingundumbwe tornou-se de tal modo livre que toda a gente pode conhecer a mulher mascarada. Esta dança é a mis caraterística dos ritos femeninos, constituindo o principal divertimento das iniciadas, do primeiro ao último dia.
Os instrumentos do lingundumbwe compeendem um batuque principal (ntoji) e dois auxiliares, sendo um ligoma e o outro o likuti. A orquestra instrumental da dança é assegurada por homens. A presença masculina, á semelhença do que acontece com a maior parte das danças femininas, não só visa garantir o manejo dos instrumentos, como também serve para asseguar a protecção dos instrumentos, como também serve para assegurar a protecção dos respectivos agrupamnetos, sobretudo em caso de deslocações.





Dança tahura:

Esta dança Tamudune é uma dança feminina. Os homens apenas participam como instrumentistas. A esta dança foi atribuído o nome de tamadune em honra de uma mulher makhonde, co-fundadora do grupo cultural, que era assim chamada. É praticada por ocasião da recepção dos recém-iniciados, rapazes ou raparigas, e também em dias festivos. Não possui nenhum traje específico e, para a sua execução, as dançarinas formam um círculo, destacando-se duas a duas para o meio da roda.

Usa-se, como instrumentos, seis batuques: um ntodje, três makuti e dois três magoma. As canções entoadas evocam alguns acontecimentos importantes da comunidade e factos ligados á Luta de Libertação Nacional, como é o caso do Massacre de Mueda.